A Zona Sul da capital vai ganhar seu primeiro Armazem Solidário. Já há sete unidades do tipo na cidade, mas ainda não na zona sul. Ainda assim, a instalação, que oferece alimentos com custo mais baixo para a população, vai ficar no extremo da cidade, em M’Boi Mirim. O anúncio da novidade foi feito pelo prefeito Ricardo Nunes durante sua viagem a Milão, na Itália, durante encontros relacionados a redução de desperdício de produtos alimentares, segurança alimentar e redução de geração de resíduos
“É um projeto bem bacana aqui em Milão e a gente também vai ampliando o nosso trabalho social em São Paulo. Só para vocês terem ideia, a gente distribui na cidade de São Paulo 3 milhões de refeições por dia”, disse o prefeito, logo após a visita ao hub. “Além das 7 mil refeições básicas distribuídas por dia, temos um trabalho de segurança alimentar gigantesco”, disse o prefeito.
Milão, referência internacional no combate ao desperdício e na promoção de sistemas alimentares sustentáveis, conta com o hub para atuar na redistribuição de excedentes alimentares a populações vulneráveis, integrando ações do Pacto de Política Alimentar Urbana de Milão (MUFPP).
A delegação da cidade de São Paulo conheceu as metodologias de coleta, triagem e destinação dos alimentos, além dos arranjos institucionais que viabilizam sua operação, com participação ativa de governo, organizações sociais e setor privado. Ambas as cidades são signatárias do Pacto de Milão sobre Política de Alimentação Urbana (MUFPP) desde 2015, uma iniciativa internacional que reúne mais de 250 cidades para criar sistemas alimentares mais justos, sustentáveis e resilientes.
Armazém Solidário
O Armazém Solidário é um mercado que vende produtos com valores em média 30% menores do que os praticados no comércio em geral a pessoas em situação de vulnerabilidade social cadastradas no CadÚnico. Incentiva hábitos mais saudáveis com a oferta de alimentos naturais, orgânicos e minimamente processados, a preço de custo e até mesmo subsidiado, caso o preço de custo supere o de produtos convencionais. Não há venda de ultraprocessados, refrigerantes e bebidas alcóolicas. Nele, os produtos são vendidos, em média, até 30% mais baratos, podendo chegar até 50% do valor, viabilizando uma compra com maior número de alimentos para a população.
Atualmente, o programa também conta com a banca de doações de produtos recebidos no Banco de Alimentos. A cada compra, o beneficiário pode escolher um dos produtos doados, podendo ser açúcar, farinha, arroz, leite em pó ou ração para animais.
Fonte: Jornal Zona Sul